De uma falta extrema de criatividade começou a sofrer Paulo. Sim, ele era um gordo metido a criativo e também metido a ter senso de humor, e crítico, e social, e psicológico, e literário, tudo mesclado com uma ironia fina o que o tornava um pouco superior aos demais.
Quanta ignorância.
Ele era careca também.
Paulo foi ficando sem seus pensamentos pseudo-intelectuais. Foi ficando branco. Mas não era bem uma brancura. Foi se aquarelando, ficando em tons pasteis. Apático.
Quando não se percebeu Paulo estava transparente. É como se fosse feito de um filme plástico bem fino. Quase imperceptível. Quase.
Dizem que anda por aí tentando participar de conversas inteligentes com mentes superiores como a dele.
Dizem também que são todos iguais.
Eu acredito!