segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A vida é fria.


Chove miúdo.
Numa casa pobre, sem lage nem reboco, uma goteira pinga no meio da cozinha, ali onde todas as casas são iguais. Uma mulher côa um café para espantar o frio enquanto um menininho de gorro e casaco olha a rua pela porta entreaberta.
A chuva engrossa.
O açúcar acabou.
Sentada ela bebe às goladas o café amargo. Um calor gostoso se espalha desde o estomago até os dedos dos pés. Ela cochila.
Um trovão.
O silêncio.
A mãe vai atrás do filho que a enxurrada levou.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Choque.


Num bar ela dança e se requebra e deixa todos loucos com sua bunda.
Para lá e para cá.
O supremo hipnotizante.
Um macho mulato entende o recado e se agarra na cintura da menina. E ela gosta. E sorri safada.
O pagode fica para trás.
Um beco no meio do caminho.
O pau duro, a teta de fora, o beijo babado, o suor...
Tesão!
A mão dele por baixo da saia, dentro da calcinha, dentro dela, escorregadia, quente, sorridente.
O garanhão mulato sorri safado e leva a mão à boca e de uma vez sente todo o gosto da mulher.
É sangue.

Esgoto.


Deitada de lado.
O corpo coberto por um fino lençol deixa vislumbrar suas maravilhosas curvas.
A pele morena, bronzeada.
Que lindas tetas!
O sono delicado, parece sorrir. Sapeca!


E de repente ela peida.
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