segunda-feira, 27 de setembro de 2010
A vida é fria.
Chove miúdo.
Numa casa pobre, sem lage nem reboco, uma goteira pinga no meio da cozinha, ali onde todas as casas são iguais. Uma mulher côa um café para espantar o frio enquanto um menininho de gorro e casaco olha a rua pela porta entreaberta.
A chuva engrossa.
O açúcar acabou.
Sentada ela bebe às goladas o café amargo. Um calor gostoso se espalha desde o estomago até os dedos dos pés. Ela cochila.
Um trovão.
O silêncio.
A mãe vai atrás do filho que a enxurrada levou.
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