A mãe quis escolher o nome da recém nascida: Medéia. O pai, assustado pelo absurdo da escolha tentou persuadi-la de que esse não era um bom nome... Irredutível, era essa sua escolha e sua vontade. Cedeu-se ao capricho.
Alíce sempre fora uma pamonha na vida, queria que sua prole não seguisse o mesmo caminho e em devaneios visualizava todas as atitudes, personalidades, canalhices e toda a forma de sordidez de que a filha seria capaz de fazer para vinga-la de sua vida insossa...
Medéia seria má...
A menina não seguiu a sina de seu nome, imaginada por sua mãe.
Se dedicou à religião e passa muito bem obrigado. É madre superiora num convento de Carmelitas Descalças. O pai, que nem convém citar o nome, teve um sublime orgulho.
Alice não suportou o baque, ficou louca, e teve que ser internada em um sanatório. Danos irreversíveis em sua mente. Em seus ataques sai gritando pelos corredores e sua voz abala todas as estruturas da casa de loucos: "Os dois vão pagar o resgate dos meus ais..."
Que vida cretina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário