segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Preguiça é pecado.


Sempre sentia sono às quatro da tarde. Não sabia o porquê, mas sempre chegava uma preguiça por essas horas. Levantou-se do sofá e foi até à cozinha, ia beber um copo d'água e subir para o seu quarto. Dormiria. Desistiu. A escada lhe dava preguiça. Eram três lances, ao todo 19 degraus. Sentiu mais preguiça, dezenove vezes mais preguiça. Resolveu fazer um café.

Colocou a água para ferver, preparou a garrafa, o pó, o coador, o filtro de papel. Gostava daquele pó que a mãe comprava sempre. Tinha uma cor boa: marrom muito forte, e tinha um perfume de... Café!

Enquanto esperava a água ferver lembrou-se de uma vez, quando ainda era menino, batera em outro menino na escola. O outro menino não tinha um braço. Nem lembrava mais o nome do outro menino. Lembrava que fora o outro menino quem começara a briga: "Viadinho".

Fosse hoje não se preocuparia com tal ofensa.

O café não ficou bom. Gosto forte de vergonha antiga.

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