quinta-feira, 16 de abril de 2009

De como Freud viajou até a periferia de São José do Rio Preto.


Maíra levanta-se com a claridade que entra no quarto todos os dias pela fresta da janela propositadamente aberta. Hoje o sol entrou e ela acordou às 8:00 horas em ponto. Sempre.
Maíra sempre sonha e sempre se lembra do que sonha. Ela não acredita no horóscopo, mas acredita realmente que seus sonhos são uma espécie de prefácio de seus dias. Então funciona assim: Maíra dorme; Maíra sonha; Maíra se baba; o sol entra pela fresta da janela deixada propositadamente aberta; Maíra acorda e se despe e corre para o chuveiro pensando no que sonhou com medo de esquecer mais uma vez, sempre que esquece passa o dia todo esquecida, mas na maioria dos dias interpreta seus sonhos e sai feliz ou infeliz para o trabalho.
Hoje Maíra sonhou que seu namorado havia abusado sexualmente de um garoto de doze anos e por isso mesmo estava sendo procurado pela polícia. Ela corria muito tentando escondê-lo de seus perseguidores.
Maíra tem dúvidas sobre a interpretação do próprio sonho: não sabe se vai ser morte na família ou se vai ter problemas financeiros. De qualquer forma, no caminho de casa para o trabalho ela, garantindo sua sorte, joga no veado.
Deu porco na cabeça!

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