sexta-feira, 26 de março de 2010

Conversas Na Internet + Diário De Viagem + Falta Do Que Fazer.


Meu pai é são paulino. Não desses torcedores fanáticos que se encamisam e gritam e que se xingam e se bebem transtornados. Mas ele bota sua fé no final do campeonato e se o time ganhar ele até deixa escapar alguma brincadeira com aquele orgulho de quem não fez nada para que aquilo fosse possível.
E nós viemos para São Paulo. Não meu pai, mas eu e mais dois amigos. E tem jogo do São paulo no domingo. Mas eu não vou ver. Não que eu não seja torcedor, mas é que me falta virilidade suficiente. E nós viemos do interior. Do oco da taboca. É longe. E tem aquele tédio sufocante que algumas pessoas gostam de acreditar que é um simpático bucolismo.
E nós fomos beber. E a gente até foi dançar. Porque somos caipiras e somos bichas e precisavamos aproveitar uma balada metropolitana. E é impressionante como tudo parece coberto de uma fina poeira branca. E foi aí que eu vi ele. Eufórico. E ele era o Richarlyson. Rick para os mais intímos. Isso mesmo. Aquele que joga no São Paulo. Isso mesmo, o bichinha.
Eu o cobicei. Achei até que seria uma quase homenagem ao meu pai. Deu até vontade de cantar o hino berrando escandalosamente em coro com os travestis que estavam do meu lado.
O mais interessante de ser caipira, jeca mesmo, é ter toda a pretensão de estar distante do mundo e do tempo aonde quer que se esteja.
Estático.

Os príncipes encantados não andam mais de cavalo branco.
Richarlyson vestia um micro-short e torcia o nariz para os que estavam ao redor.
São Paulo é mesmo fascinante.

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