segunda-feira, 28 de março de 2011

Pequeníssima Peça Realista De Final De Semana.


Cenário: qualquer lugar em que os personagens possam estar expostos a olhares quase discretamente observadores.

Sete pessoas. Todos estão próximos, quase abraçados.

Trilha sonora indicada: barulhos mecânicos e repetitivos (panelas de pressão, liquidificadores, serras elétricas, furadeiras) criando uma aura de ansiedade e perturbação, ou simplesmente alguma música do estilo sertanejo universitário.


Ela: (Voz irônica, sorriso irônico e um leve traço de uma alma maldosa que por um descuido deixou-se ver pelos demais.)
- Nossa! Aconteceu alguma coisa? Por que você está tão nervosinho. Deu alguma coisa errado pra você estar assim? Me conta vai... (Sorriso sinceramente alegre e desdenhoso.)


Ele: (Não conseguindo controlar o ar ofendido e despeitado.)
- Por favor, respeite minha inteligência! (Sensação de um coração sendo arranhado por gatos de unhas afiadas. Um leve tremor de queixo. Olhos quase lacrimejantes.)


Cai o pano.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Uma Moça Muito Bonita.


Ele não compreendia que o outro era apenas um eu diferente, visto de um ponto de vista diferente, mas que ainda assim sentia ou sentiria coisas que ele mesmo pudesse gostar ou repudiar.
E assim ele entrou na casa dela pelo telhado da cozinha, enquanto ela dormia. E observou seu sono cansado por dois minutos.
Então de leve ele passou a mão sobre a perna que escapava para fora do lençol que cobria o resto do corpo. Ela acordou. Ele não.
Ela não quis, mas a vontade dele era maior que a dos dois, e ele segurou forte aquela perna, e com o outro braço o resto do corpo. A mão procurou o sexo enquanto ela pedia que não.
Ela gritou. Então veio a faca.
O resto é a indignação, o desgosto e a constatação de que o outro não valia mesmo nada.
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